Jogos Olímpicos Sob o Signo da Utopia
: Garcia
51458
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Este livro pretende abordar o Movimento Olímpico, em especial os seus Jogos, através da ótica da Utopia.
Começam os autores por evidenciar a importância dos Jogos Olímpicos na atualidade, nomeadamente a nível económico, social e mediático.
No segundo capítulo, relatam duas experiências etnográficas, uma relativa a Pequim e outra ao Rio de Janeiro, evidenciando que estas cidades foram totalmente modificadas em virtude da realização dos Jogos Olímpicos. As questões ambientais, de mobilidade entre outras foram devidamente acauteladas, concluindo que o Movimento Olímpico ultrapassa em muito a lógica meramente desportiva. Terminam este capítulo com uma breve incursão pelos Jogos da Lusofonia que se realizaram em Macau.
Na terceira parte do trabalho, os autores debruçam-se sobre o conceito de utopia. Esclarecem que é um neologismo forjado a partir do grego por Thomas More, que significa o não-lugar (outopus) e o lugar da felicidade (eutopos). Definemutopia como o ideal de uma sociedade humana perfeita: perfeita na organização, no funcionamento e na governação. Constitui-se num lugar que não ainda não há, mas que um dia haverá.
Referem que se trata de uma ilha e por tal longe dos contágios de outros humanos. Vão à literatura, em especial a Raul Brandão e a Vitorino Nemésio, para documentar esta visão idílica das ilhas. Paralelamente, porque uma sociedade ideal exige uma cidade ideal, abordam as Reduções Jesuíticas na América Latina, onde se criaram pequenas cidades totalmente isoladas do meio circundante, autênticas ilhas no conceito embora não o sendo geograficamente. Terminam esta análise à utopia dizendo que também os Jogos Olímpicos exigem uma cidade ideal, em especial a sua Aldeia Olímpica.
De seguida aludem à ucronia, que significa para o tempo aquilo que utopia representa para o lugar. Concluem esta abordagem de ucronia referindo que a conceção dos Jogos Olímpicos da atualidade se consubstancia numa utopia, lugar (Grécia), e numa ucronia, tempo (Antiga). Finalmente, neste capítulo, fazem uma referência ao lugar da utopia na sociedade contemporânea.